Posso ouvir o gotejar dessa chuva
Continuo e uniforme sobre mim
As gotas descem formando uma curva
Deslizam sobre meu rosto sem ver um fim
Ninguém parece perceber além de nós
Nesta neblina que nos envolve, densa
É triste pensar em tudo que perdemos
Ao fim do poço chegou, feliz imprensa
No calor de um abraço que lhe faço
Vem aquilo de mais puro lá de dentro
Sei que nunca reconheceu por inteiro...
Quando parece sumir vejo ressurgir
Aquele vento insistente a zunir
Deveria apenas apressar o passo?